Ela era tão ingênua, tão frágil, tão meiga que eu poderia colocá-la no meu colo e dizer: toma cuidado com a vida, ela pode acabar destruindo você, sem mesmo que você perceba. Ela sonhava alto, tinha um coração de criança e um olhar de quem acredita cegamente na vida. Poucos eram os seus medos, porque, talvez, o que mais lhe cegava era essa vontade súbita de ser alguém maior, sempre maior. Ela queria, ela podia. Tinha sempre o seu futuro em mente, e sabia que ninguém podia destruir o que ainda lhe restava no coração, por isso usava-o como prateleira pra guardar todas as pessoas importantes, todos os seus desejos, os seus sonhos. Não sabia de nada, mas dessa forma, sem tomar cuidado, conhecia o mundo como a palma de sua mão. Ela era feliz, simplesmente pelo fato de poder ser. “Poder” ela acreditava muito nessa palavra, e todo dia acordava de manhã com um objetivo: alcançar o céu.
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